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Economia e empresas familiares, um laço apertado

05 MAI 2017

Economia e empresas familiares, um laço apertado

Um estudo internacional confirmou que as empresas familiares são um pilar da economia. Apesar dos desafios associados, este tipo de corporação pode ser uma das soluções para a reestruturação. Desde que bem gerido.

 

O estudo, elaborado pela PricewaterhouseCoopers (PwC), vem consubstanciar a ideia de que as empresas familiares, quando estáveis e sustentáveis a longo prazo, são fundamentais para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade, tendo em conta os milhares de colaboradores que as constituem e o contributo para o produto interno bruto.

 

As empresas familiares são, em vários territórios, líderes na criação de emprego e nas exportações.

A vitalidade, a ambição, a responsabilidade para com a comunidade e os empregados e a consciência de tradição familiar, são algumas das características positivas que concorrem para a sua importância.

Então por que razão falha a maioria das empresas familiares? Pela inexistência de uma ponte de ligação entre o curto e o longo prazos, a nível de decisões, objetivos e investimentos.

A sucessão geracional na liderança, a revolução tecnológica proporcionada pela economia digital e a falta de um plano estratégico a médio prazo são alguns dos desafios que ameaçam o progresso das empresas familiares.

Em média, apenas 12 por cento destas empresas sobrevivem à terceira geração. A solução passa pela implementação de um plano de sucessão completo, definindo a visão empresarial que se adotará no futuro, antes de se concretizar a passagem do testemunho. 

Muitas das empresas familiares enfrentam a mudança digital de forma reativa, evitando a adoção de inovações na dinâmica interna de funcionamento. Assim, a substituição de gerações deveria ser considerada uma mais-valia e não um obstáculo.

O atraso tecnológico destes empreedimentos torna-os incapazes de acompanhar a aceleração de produção e de consumo, proporcionada pela economia de mercado global. 

Outro dos desafios identificados neste estudo é a falta de profissionalização dos negócios. Recrutar gestores externos poderá contribuir para o crescimento da empresa, como peão neutro e imparcial no jogo familiar. 

As empresas familiares também deverão investir na educação, alargar o processo decisório, definir prazos e responsabilidades e manter relações de confiança com stakeholders  (bancos, mercados, fornecedores, entre outros), a fim de assegurar continuidade e viabilidade económica. 


Portugal um passo à frente

Estudos recentes estimam que os empreendimentos familiares representam cerca de 80 por cento do tecido empresarial português. 

Abrangendo vários setores de atividade, este tipo de empresas contribui diretamente para 50 por cento do emprego e representa 65 por cento do PIB nacional. 

Um dos melhores exemplos de sucesso, em Portugal, é a Delta Cafés, do Grupo Nabeiro. Esta empresa, que recebeu em 2016 o prémio "Empresa Familiar do Ano", justificou a vitória pelo investimento em tecnologias, modelo de gestão em concordância com a família, relação privilegiada com os colaboradores, diversificação setorial e definição de metas a médio prazo.

Com 55 anos de existência, já conta com líderes de terceira geração e mantém-se como uma das maiores multinacionais portuguesas.

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